segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Campos do Jordão/SP (Abril/2012)

olá,

    Em abril de 2012 eu e a Rosane fomos comemorar meu aniversário em Campos do Jordão. Consegui uma boa pousada a um preço bacana e fomos nós por o pé na estrada.
    Saímos de Ribeirão Preto no dia 13 por volta das 06h00 da manhã com rumo a Poços de Caldas. Você pode estar estranhando ir para Campos do Jordão por Poços de Caldas mas, veja só, não há pedágios. Eu ainda paguei 2 para ir porque errei a entrada para São José do Rio Pardo mas, caso contrário, não há pedágios. Como disse, errei e errei feio o caminho. Segui rumo Serrana, Cajuru, Casa Branca (1º pedágio), Caconde (2º pedágio), Divinolândia e finalmente Poços de Caldas. Veja, partindo de Ribeirão Preto costumo brincar que todos os caminhos levam a Poços de Caldas. Devem existir umas 10 combinações ou mais.


    Se você for mais atento do que eu, pegue a saída para São José do Rio Pardo depois de Cajuru e siga para Divinolândia e depois Poços. Há uma represa bonita em São José do Rio Pardo, assim como em Caconde. Aliás, tomamos o café da manhã em Caconde. Olha, não recomendo, bem ruinzinho. Melhor esperar chegar em Poços de Caldas. Vindo de Caconde se tem uma vista belíssima da represa Bortolan em Poços de Caldas. Este primeiro trecho é de 200km, sendo pista dupla até Monte Azul e depois pista simples até Poços mas em bom estado e com pouco tráfego.

 Represa de Caconde no Rio Pardo



Lanchonete onde tomamos o café da manhã


Represa Bortolan, Poços de Caldas.


     Como nunca havia ido para Campos do Jordão e mesmo tendo pouco mais de meio tanque de gasolina no carro, completei para não correr riscos desnecessários. Saímos do posto de gasolina seguindo no sentido de Pouso Alegre. Já eram 10h00! Este trecho é de pista simples mas em muito bom estado com terceira faixa em todos os aclives do caminho. Ao atingirmos Pouso Alegre a Aninha (voz feminina do meu GPS) nos informou que deveríamos andar 8 km e virarmos a direita. Bom, o ponto onde ela me mandou virara direita é uma empresa, a Metagal, então, se você deve prestar atenção à placa para Paisópolis!

Placa para Paraisópolis, entre à direita na MG-173

   Esta estrada (MG-173) também me surpreendeu. Bom piso, embora de pista simples, sem acostamento ou 3ª faixa mas com pouquíssimo trânsito. Andei bem, entre 100 e 120 km/h. Uma coisa comum quando se viaja por MG é que as estradas cortam as cidades e a MG-173 não é diferente. Outro fato curioso são os nomes das cidades como "Conceição dos Ouros" onde quase paramos para almoçar. Ainda bem que não fiz isso! Ao chegarmos em Paraisópolis resolvemos almoçar. Você tem de contornar um triângulo para pegar a estrada à esquerda e vimos que era um restaurante. Como Campos do Jordão tem fama de careira e estávamos com fome pois já eram mais de 12h00, paramos. Surpresa, comida mineira boa e barata. Self-Service livre e, com as bebidas paguei para mim e para a Rosane apenas R$ 18,00! Nos restaurantes da USP de Ribeirão, se você não estiver de regime gasta mais do isso só na comida, rsrsrsrsrs. O nome do restaurante é Estância Mineira. Este trecho é de 155km.
 MG-173 em boas condições

Bem vindo à Conceição dos Ouros.



Restaurante "Estância Mineira". Comida boa e barata.

     Saímos de Paraisópolis com destino à Campos do Jordão, a parte final da viagem. Em certo ponto a Aninha aprontou. "Faça uma curva acentuada a esquerda" e, para minha surpresa não havia curva, era um cruzamento. Estava atrás de um caminhão então, entrei á direita e parei o carro. Esperei e atravessei a rodovia, seguindo pelo caminho que ela indicou. De repente, o asfalto acabou. Eu ia parando quando ví um caminhão do Martins Atacadista e disse "Se o Martins vai até lá, existe vida daquele lado" e a Aninha indicava que eram apenas 6km. Bom 6km de terra parecem uns 20km, mas, valeu pelo desconhecido. Encontrei, inclusive o Carrefúlvio. Eu parei o carro e dei marcha-a-ré para tirar a foto e disse para a Rosane. "Essa vai para o blog", rsrsrsrs. Ao final dos 6km, você encontra a rodovia Monteiro Lobato que te leva até campos do Jordão. Excelente asfalto mas não há pontos de ultrapassagem e é cheia de curvas. Se você não tem experiência ao volante, adie a viagem até Campos! Este trecho é pequeno, são apenas 50km!


Subida pela rodovia Monteiro Lobato



     Quando chegamos na pousada, a recepcionista me disse que todos os GPS mandam vir pela "estrada velha". Na volta, a Aninha mandou virar lá novamente mas eu resolvi não seguí-la. Olha, os 6km economizam uns 30km! A pousada que ficamos chama-se Pousada Santa Serra e olha, gostei muito. Fica a 700m da choperia Baden Baden e 300m do Capivari, onde o burburinho acontece. Deixamos as malas e fomos passear. Fui de carro, aliás, fui todos os dias porque, embora perto, só tem subida lá e, como era um final de semana comum, a cidade estava vazia, segundo alguns comerciantes.










     A cidade é bonita só no Capivari que é o bairro turístico. Nesse ponto me decepcionei com Campos do Jordão, talvez por ja ter ido à Gramado onde toda a cidade é bonita mas, a parte turística é bem legal. Lá fica a ferrovia mais alta do Brasil e você pode passear de trem ou de bonde. A Rosane não quiz fazer o passeio de trem que demora 2 horas mas ela me prometeu que, quando voltarmos a Campos do Jordão (pretendo fazer isso de moto) fazermos, assim, fizemos o passeio de bonde que sai da estação Emílio Ribas e vai até o portal da cidade. Lá, viramos os bancos e voltamos pelo mesmo caminho já que a linha é singela (única).
     Não era época de natal (fomos em abril!) mas vários prédios estavam iluminados como no final do ano. A Rosane, é claro, quiz fazer compras. Não gastamos muito e eu achei uma loja que estava vendeno blusas de verão por R$ 10,00. Ela comprou 3!!!
     Na primeira noite (sexta feira) fomos à Baden Baden e comemos uma linguiça fininha e tomamos a cerveja cristal deles. Muuuuiiiitoooo bom. No sábado, fizemos o passeio de bonde, fomos ao Morro do Elefante de carro (pode-se ir de teleférico mas nem eu nem ela temos coragem, rsrsrsrs) e compramos algumas lembranças. À noite comemos pizza quadrada! Nem tudo é tão caro lá, afinal, tem gente que mora lá e precisa comer fora de casa. Há restaurantes por quilo e comerciais mas, ficam meio escondidos e nas pontas do Capivari. Se você for ao local de onde saem as cadeiras do teleférico vai encontrar vários restaurantes assim lá perto.





Galeria, existem várias!




Portal da Cidade


Lago no alto do Morro do Itapeva a 1900 metros de altitude.

Vídeo do alto do morro do Itapeva a 2000 metros de altitude.

          No alto do Morro do Elefante há vários ambulantes que vendem lembranças de Campos do Jordão. A Rosane comprou uma boneca de pano e dois colares sendo que um ela perdeu depois, rsrsrs. Ainda bem que custou menos de R$ 5,00! A vista é muito bonita.




         A estação Emílio Ribas é grande e é de onde partem os trens e bondes. Não pense em um trem com vários carros de passageiro. Parecem mais litorinas ou ônibus, com capacidade para uns 30 passageiros apenas. As poltronas são confortáveis. Bacana é o sistema para virar o trem ou bonde na estação para guardá-los.

Trem

Interior do trem.


Vídeo do virador de trem e bonde.

Bonde.


Interior do bonde.

     Domingo (meu aniversário) foi dia de voltar para casa. Acordamos, tomamos café da manhã (excelente, por sinal), acertamos o restante da pousada e retornamos. As duas diárias ficaram em R$ 460,00 divididos em 40% de sinal e o restante no checkout. Na volta fizemos o caminho inverso até Poços de Caldas, evitando o atalho sugerido pela Aninha. Quando estávamos entre Pouso Alegre e Poços de Caldas, depois de passarmos por Congonhal, ao descermos a serra em direção à Ipuiuna nos deparamos com uma imensidão de carros de boi. Era o dia do desfile anual de carros de boi de Iouiuna! Ficamos parados ou andando lentamente por meia hora. Em Poços, almoçamos no Shopping e depois retornei por Águas da Prata para poder comprar pamonhas para o jantar na casa do meu pai, onde deixamos nossos filhos. Por isso, paguei 3 pedágios na volta.



Desfile de carros de boi em Ipuiuna/MG

Barraquinhas para comprar pamonha.

Fonte de água mineral.


    Espero que tenham gostado.

   Um grande abraço,

   Alexandre L. Rangel


Campos do Jordão/SP (Abril/2012)